José Bonifácio, o Moço

 Nota: Se procura outras acepções, veja José Bonifácio (desambiguação).
José Bonifácio, o Moço
José Bonifácio, o Moço
Nome completo José Bonifácio de Andrada e Silva
Nascimento 8 de novembro de 1827
Bordéus
Morte 26 de outubro de 1886 (58 anos)
São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Pai: Martim Francisco Ribeiro de Andrada
Ocupação poeta, jurista, professor e político
Escola/tradição Romantismo

José Bonifácio de Andrada e Silva (Bordéus, 8 de novembro de 1827 — São Paulo, 26 de outubro de 1886) foi um poeta, jurista, professor e político brasileiro.

Da segunda geração e segundo político deste nome da família dos Andradas, filho de Martim Francisco Ribeiro de Andrada e Gabriela Frederica Ribeiro de Andrada (o pai era irmão e a mãe era filha de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência), nasceu na França por ocasião do exílio da família após a dissolução da Assembleia Constituinte de 1823 por D. Pedro I.

Biografia

Apelidado de "o moço", para distingui-lo de seu avô, "o Patriarca da Independência", que era pai de sua mãe e irmão de seu pai. Fez os primeiros estudos em São Paulo. Aos 14 anos ingressou na Escola Militar da Corte, de onde se afastou em 1846, sem terminar o curso. Formou-se em 1853 pela Faculdade de Direito de São Paulo. Foi professor de direito na escola de Recife e depois em São Paulo, tendo sido titular da cadeira de Direito Criminal e da de Direito Civil. Teve como alunos figuras como Rui Barbosa, Castro Alves, Joaquim Nabuco, Rodrigues Alves e Afonso Pena.

Estátua de José Bonifácio, o Moço na Faculdade de Direito de São Paulo.

Foi deputado provincial (1860) e deputado geral por São Paulo de 1861 a 1868 e de 1878 a 1879 e senador do Império do Brasil de 1879 a 1886. Orador e escritor de estilo romântico, notabilizou-se pela defesa do sistema parlamentarista e do voto dos analfabetos. Foi também ministro da Marinha em 1862 e do Império em 1864, participou do movimento abolicionista defendendo a libertação dos escravos de forma imediata e sem indenização. Rejeitou o cargo de Presidente do Conselho de Ministros em 1883 que lhe foi oferecido pelo Imperador D. Pedro II.

Era casado com sua prima, Adelaide Eugênia da Costa Aguiar de Andrada em primeiras núpcias e após o seu falecimento casou-se em segundas núpcias com Rafaela de Souza Aguiar Gurgel do Amaral. Do primeiro casamento teve os seguintes filhos: José Bonifácio, Martim Francisco, Narcisa, Maria Flora e Gabriela.

Rui Barbosa fez um pronunciamento prestando-lhe homenagem póstuma no Teatro São José, em sessão cívica em 1886.

Academia Brasileira de Letras

Foi escolhido por Medeiros e Albuquerque como patrono da cadeira 22 da Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897, e como patrono da cadeira 7 da Academia Paulista de Letras, fundada em 1909.

Bibliografia

  • BONIFÁCIO, José, o moço. Poesias. Org. e apres. Alfredo Bosi e Nilo Scalzo. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1962. (Poesia, 5).
  • BONIFÁCIO, José, o velho e o moço. José Bonifácio: o velho e o moço. Org. Afrânio Peixoto e Constâncio Alves. Paris: Aillaud e Bertrand; Porto: Chardron; Rio de Janeiro: F. Alves, 1920. p. 181–294. (Antologia brasileira)
  • FARIA, Júlio César de. José Bonifácio, o moço. São Paulo: Ed. Nacional, 1944.

Ver também

Ligações externas

  • «Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras» 
  • Perfil biográfico
  • Relatório apresentado à Assembleia Geral Legislativa na 2ª sessão da 12ª legislatura pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império José Bonifácio de Andrada e Silva, 1864


Precedido por
Joaquim José Inácio de Barros
Ministro da Marinha do Brasil
1862
Sucedido por
Joaquim Raimundo de Lamare
Precedido por
Pedro de Araújo Lima
Ministro dos Negócios do Império do Brasil
1864
Sucedido por
José Liberato Barroso
Precedido por
ABL - patrono da cadeira 22
Sucedido por
Medeiros e Albuquerque
(fundador)


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  • d
  • e
Bandeira do primeiro reinado Primeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
Bandeira do segundo reinado Segundo reinado
(D. Pedro II)
Bandeira do Brasil (1889-1960) República Velha
(1.ª República)
Bandeira do Brasil (1889-1960) Era Vargas
(2.ª e 3.ª Repúblicas)
Bandeira do Brasil (1889-1960) Período Populista
(4.ª República)
Bandeira do Brasil Ditadura Militar
(5.ª República)
Bandeira do Brasil Nova República
(6.ª República)
Com a criação do Ministério da Defesa, em 10 de junho de 1999, o ministro da Marinha passou a ser denominado comandante da Marinha.
  • v
  • d
  • e
Colônia e
Reino Unido
Regência do Príncipe
D. Pedro
Bandeira do primeiro reinado Primeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
Bandeira do segundo reinado Segundo reinado
(D. Pedro II)
  • v
  • d
  • e
Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
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38 (Tobias Barreto)
39 (Visconde de Porto Seguro)
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