Tarcísio Padilha

Tarcísio Padilha
Nascimento 17 de abril de 1928
Rio de Janeiro, RJ
Morte 9 de setembro de 2021 (93 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Pai: Raymundo Delmiriano Padilha
Alma mater PUC-RJ
UFF
UERJ
Ocupação escritor e filósofo
Prêmios
Lista
  • Medalha da Ordem Nacional do Mérito Educativo
  • Medalha por Serviços Relevantes prestados ao Estado da Guanabara
  • Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres, Paris
  • Benfeitor da Fundação Cesgranrio
  • Prêmio Nacional de Filosofia, conferido pelo Instituto Brasileiro de Filosofia, São Paulo
  • Cavaleiro da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém, Vaticano
  • Medalha Alceu Amoroso Lima pela Ética e pela Cultura – PUC/RJ
  • Educador Emérito do ano 1994 – agraciado pela Associação Nacional das Universidades Particulares
  • Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes, da Associação Nacional dos Veteranos da FEB
  • Medalha do sexagésimo aniversário da PUC/RJ
  • Diploma de Excelentá, da Universitatea de Vest “Vasile Goldis”, Arad, Romênia
  • Ordem do Mérito do Livro pela Fundação Biblioteca Nacional, 2001
  • Personalidade Educacional 2002 – agraciado pelo jornal Folha Dirigida
  • Medalha do Mérito Cultural da República Helênica, 2002
Religião catolicismo romano

Tarcísio Meirelles Padilha (Rio de Janeiro, 17 de abril de 1928[1] — Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2021[2]) foi um filósofo, professor e magistrado brasileiro. Foi professor titular de filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), além de lecionar em diversas outras instituições. Na carreira jurídica, exerceu o cargo de juiz do trabalho. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, da qual foi presidente de 2000 a 2001.[1]

Carreira

Formação

Filho do político Raimundo Padilha (que foi militante integralista, deputado federal e governador do Rio de Janeiro) e de Mayard Meirelles Padilha, cursou o ensino fundamental no Grupo Escolar Pedro II, em Petrópolis, e no Colégio nossa Senhora Auxiliadora, em Campinas, concluindo o ensino médio no Colégio Santo Inácio.[3]

Formou-se em filosofia e direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), onde também foi diplomado em ciências sociais. Cursou a Escola Superior de Guerra e licenciou-se em filosofia pela Universidade Federal Fluminense (UFF).[3] Tornou-se doutor em filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).[3]

Aprovado no primeiro concurso do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região para o cargo de juiz do trabalho, foi nomeado em 1957[4] e exerceu a função até aposentar-se em 1979.[5]

Docência

No magistério superior, foi professor titular de filosofia, chefe do Departamento de Filosofia e diretor do Departamento Cultural da UERJ, professor de história da filosofia da PUC-RJ, professor de filosofia, pedagogia e sociologia da Universidade Santa Úrsula, membro do corpo permanente da Escola Superior de Guerra, professor de história da filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do Departamento de Filosofia e coordenador do mestrado e do doutorado em filosofia da Universidade Gama Filho.[3]

Cargos de direção e associações

Exerceu diversos cargos de direção, como vice-presidente e, a seguir, presidente do Centro Dom Vital, presidente da Comissão de Planejamento da UERJ, presidente do Instituto Brasileiro de Filosofia (seção do Rio de Janeiro), diretor do departamento de estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, diretor-geral do Instituto Euvaldo Lodi (órgão de estudos e pesquisas da Confederação Nacional da Indústria), vice-presidente da Union Mondiale des Sociétés Catholiques de Philosophie, vice-presidente da Asociación Interamericana de Filosofia, vice-presidente da Metaphysical International Society, membro do comitê diretor e vice-presidente da Fédération Internationale des Sociétés de Philosophie e coordenador da Nova Spes para a América Latina.[3]

Na função editorial, foi diretor de filosofia da Enciclopédia Verbum (Lisboa), diretor da Coleção Filosofia da Editora Agir, coordenador da Coleção Brasil em Questão da Editora José Olympio, membro do conselho editorial das revistas Philosophie (Grenoble), Itinéraires Philosophiques (Atenas) e Aletheia (da Internationale Akademie für Philosophie), coordenador da Bibliografia Filosófica Brasileira do Institut International de Philosophie, sob os auspícios da UNESCO, diretor das revistas Presença Filosófica da Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos, A Ordem do Centro Dom Vital e Ciências Humanas da Universidade Gama Filho, além de membro e, depois, presidente do conselho editorial da revista Communio (Rio de Janeiro) e do Jornal de Letras.[3]

Integrou, no Vaticano, o Pontifício Conselho para a Família, e foi membro fundador do Collegium Academicum Universale Philosophiae (Atenas), da Metaphysical International Society, da Sociedad Interamericana de Filosofía, da Asociación Interamericana de Filósofos Católicos (da qual também foi vice-presidente), da Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos (da qual foi presidente) e da Association Louis Lavelle (da qual foi conselheiro e é membro honorário).[3]

Academia Brasileira de Letras

Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) em 20 de março de 1997, tomando posse no dia 13 de junho e sendo recebido pelo acadêmico Arnaldo Niskier. Foi o quinto ocupante da cadeira nº 2, na sucessão de Mário Palmério. Recebeu a acadêmica Ana Maria Machado.[1]

Foi eleito presidente da ABL em 9 de dezembro de 1999, por 29 votos, havendo 9 abstenções.[6] Exerceu a presidência de 2000 a 2001.[1]

Obras

  • A Ontologia Axiológica de Louis Lavelle, tese de cátedra. Rio de Janeiro: UDF, 1955 (2ª ed. São Paulo: É realizações, 2012)
  • Filosofia, Ideologia e Realidade Brasileira. Prefácio de José Barreto Filho. Rio de Janeiro: Cia. Editora Americana, 1971.
  • Brasil em Questão. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1975.
  • Uma Filosofia da Esperança. Prefácio de Hanns Ludwig Lippmann, Rio de Janeiro: Pallas, Editora e Distribuidora Ltda., 1982.
  • Dr. Alceu e o Laicato Hoje no Brasil (em colaboração). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1993.
  • Libertação e Liberdade. Prefácio de Edmo Rodrigues Lutterbach. Rio de Janeiro, 1995.
  • Educação e Filosofia. Prefácio de Cícero Sandroni. Rio de Janeiro: Editora Universidade Gama Filho, 1995.
  • Alceu / Tudo Se Transfigura – Introdução e antologia. São Paulo: Editora Cidade Nova, 1995.
  • Realismo da Esperança. Prefácio de Cândido Mendes de Almeida. São Paulo: Editora Cidade Nova, 1996.
  • Privilégio do Instante. São Paulo: Editora Cidade Nova, 1997.
  • Literatura e Filosofia. Prefácio de Rachel de Queiroz. Rio de Janeiro, 1997.
  • O Cura da Aldeia Global. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1998.
  • Uma Ética do Cotidiano. Prefácio de Antônio Houaiss. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras (Coleção Afrânio Peixoto), 1999.
  • História e Filosofia. Prefácio de Antônio Olinto. Rio de Janeiro: Editora Universidade Gama Filho, 1999.

Referências

  1. a b c d «Tarcísio Padilha». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 12 de dezembro de 2017 
  2. «Tarcísio Padilha, acadêmico e membro da ABL, morre aos 93 anos». G1. Consultado em 9 de setembro de 2021 
  3. a b c d e f g «Biografia». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 12 de dezembro de 2017 
  4. «Diário Oficial da União, Seção 1, p. 1». Imprensa Oficial. 7 de fevereiro de 1957. Consultado em 12 de dezembro de 2017 
  5. «Diário Oficial da União, Seção 1, p. 7». Imprensa Oficial. 10 de maio de 1979. Consultado em 12 de dezembro de 2017 
  6. «Tarcísio Padilha é eleito presidente da ABL». Folha de S.Paulo. 9 de dezembro de 1999. Consultado em 12 de dezembro de 2017 

Ligações externas

  • Perfil no sítio da Academia Brasileira de Letras
  • Tarcísio Padilha, in memoriam, por Victor Emanuel Vilela Barbuy, Deus Pátria e Família, São Paulo, 18 de Abril de 2021

Precedido por
Mário Palmério
ABL - quinto acadêmico da cadeira 2
1997 – 2021
Sucedido por
  • v
  • d
  • e
Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
37 (Tomás António Gonzaga)
38 (Tobias Barreto)
39 (Visconde de Porto Seguro)
40 (Visconde do Rio Branco)
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