José Cândido de Carvalho

José Cândido de Carvalho
José Cândido de Carvalho
Nascimento 5 de agosto de 1914
Campos dos Goytacazes,  Rio de Janeiro
Morte 1 de agosto de 1989 (74 anos)
Niterói,  Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Escritor, jornalista
Prêmios Prémio Jabuti 1965
Magnum opus O coronel e o lobisomem

José Cândido de Carvalho (Campos dos Goytacazes, 5 de agosto de 1914 — Niterói, 1 de agosto de 1989) foi um advogado, jornalista e escritor brasileiro, mais conhecido como o autor da obra O coronel e o lobisomem.

Biografia

Filho de lavradores portugueses, Bonifácio de Carvalho e Maria Cândido de Carvalho. Nas férias escolares, chegou a trabalhar como ajudante de farmacêutico, cobrador e trabalhador em uma refinaria de açúcar.

Iniciou suas atividades de jornalista como revisor no jornal “O Liberal”, durante a Revolução de 1930. Foi posteriormente redator, tendo colaborado em vários jornais, entre eles “O Dia”, “Gazeta do Povo” e “Monitor Campista”, todos estabelecidos em Campos.

Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1937, mas abandonou a profissão no primeiro caso.

Seu primeiro romance foi Olha para o céu, Frederico!, publicado em 1939 pela Editora Vecchi.
Mudando-se para a cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Santa Teresa, passou a trabalhar no jornal “A Noite”.
Foi redator no Departamento Nacional do Café, onde ficou até 1942, quando a convite de Amaral Peixoto (interventor no Estado do Rio) foi dirigir o jornal “O Estado” e passou a residir em Niterói.

A partir de 1957 foi trabalhar em “O Cruzeiro”, por cuja editora publicou em 1964 seu segundo romance, O coronel e o lobisomem, verdadeiro best seller com mais de cinquenta e cinco edições até hoje. Considerado um dos grandes romances da literatura brasileira, foi posteriormente publicado em Portugal e traduzido para inglês, espanhol, francês e alemão. O livro obteve ainda o Prêmio Jabuti, o Prêmio Coelho Neto e o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa.

Em 1970 assumiu como diretor da Rádio Roquette-Pinto, tendo passado em 1974 a diretor do Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC. Entre 1976 a 1981 foi presidente da Funarte.
Também escreveu obras infanto-juvenis, sendo a mais famosa delas Gil no Cosmos.

Continuou colaborando em diversos jornais até poucos dias antes de sua morte, quatro dias antes de completar 75 anos. Quando morreu trabalhava em seu terceiro romance, O Rei Baltazar, que deixou inconcluso.

Obras

  • 1939 - Olha para o céu, Frederico! (romance)
  • 1964 - O coronel e o lobisomem (romance)
  • 1970 - Porque Lulu Bergantim não atravessou o Rubicon (contos)
  • 1972 - Um ninho de mafagafos cheio de mafagafinhos (contos)
  • 1972 - Ninguém mata o arco-íris (crônicas)
  • 1974 - Manequinho e o anjo de procissão
  • 1983 - Notas de viagem ao Rio Negro
  • 1979 - Se eu morrer, telefone para o céu (contos)
  • 1984 - Os mágicos municipais

Academia Brasileira de Letras

Em 1974 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 31.[1][2]

Referências

  1. Carvalho, José Cândido de (1984). Os mágicos municipais: contados, astuciados, sucedidos e acontecidos do povinho do Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio Editora. p. II 
  2. Reis, Jhonattan (26 de abril de 2017). «Livro inédito de José Cândido de Carvalho». Folha Cultura & Lazer. Consultado em 2 de maio de 2023 

Ligações externas

  • «Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras» 
  • Perfil de José Candido de Carvalho no Terra - Literatura Brasileira
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Precedido por
Cassiano Ricardo
ABL - quinto acadêmico da cadeira 31
1974 — 1989
Sucedido por
Geraldo França de Lima
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1959 – 1969

1959: Jorge Amado 1960: Marques Rebelo 1961: Maria de Lourdes Teixeira 1962: Osório Alves de Castro 1963: Marques Rebelo 1964: Francisco Marins 1965: José Cândido de Carvalho • 1966: Érico Veríssimo 1967: José Mauro de Vasconcelos 1968: Bernardo Élis 1969: Ibiapaba Martins

1970 – 1979
1980 – 1989
1990 – 1999
2000 – 2009
2010 – presente
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Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
37 (Tomás António Gonzaga)
38 (Tobias Barreto)
39 (Visconde de Porto Seguro)
40 (Visconde do Rio Branco)
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