Vítor Manuel de Aguiar e Silva

Vítor Manuel de Aguiar e Silva
Nome completo Vítor Manuel Pires de Aguiar e Silva
Nascimento 15 de setembro de 1939
Real, Penalva do Castelo
Morte 12 de setembro de 2022 (82 anos)
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Professor, escritor e poeta
Principais trabalhos Competência linguística e competência literária (1977)
Prémios Prémio Vida Literária (2007)

Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural (2018)
Prémio Camões (2020)

Vítor Manuel Pires de Aguiar e Silva (nasceu em Real, a 15 de setembro de 1939[1] e morreu a 12 de setembro de 2022) foi um professor, investigador, escritor e poeta português.

Vida

Natural da freguesia de Real, concelho de Penalva do Castelo, iniciou os estudos no Liceu Nacional de Viseu. Já na Universidade de Coimbra, concluiu o curso de Letras, licenciando-se em Filologia Românica. Após obter o seu doutoramento em Literatura Portuguesa, assumiu a carreira de professor na Faculdade de Letras da mesma universidade em 1979.

Professor da Universidade do Minho desde 1989, foi Professor Catedrático do Instituto de Letras e Ciências Humanas, fundou e dirigiu o Centro de Estudos Humanísticos e a revista Diacrítica. Desempenhou as funções de vice-reitor da Universidade, de junho de 1990 a julho de 2002, quando se aposentou.[1][2]

Participou na proposta de criação do Instituto Camões, como coordenador do grupo de trabalho. Também coordenou a Comissão Nacional de Língua Portuguesa (CNALP), tendo ainda sido membro do Conselho Nacional de Cultura.[2]

Foi um dos eminentes professores signatários da Petição em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico, que desde 2 de maio de 2008 recolheu mais de 128 000 assinaturas.

Morreu a 12 de setembro de 2022 aos 82 anos, segundo anunciou a Universidade do Minho.

Prémios e distinções

Obras

  • Para uma interpretação do classicismo (1962);
  • O teatro de actualidade no romantismo português: 1849-1875 (1965);
  • Teoria da literatura (1967);
  • Notas sobre o cânone da lírica camoniana (1968);
  • Maneirismo e barroco na poesia lírica portuguesa (1971);
  • O significado do episódio da Ilha dos Amores na estrutura de Os Lusíadas (1972);
  • A oposição democrática e sua ideologia totalitária: discurso proferido na sessão de esclarecimento dos eleitores e apresentação dos candidatos a deputados pela A.N.P., que teve lugar na Figueira da Foz, em 16 de Outubro de 1973 (1973);
  • Reforma do sistema educativo (1973);
  • A estrutura do romance (1974);
  • Competência linguística e competência literária: sobre a possibilidade de uma poética gerativa (1977);
  • Crítica de Livros: teoria literária (1977);
  • Fialho de Almeida e o problema sociocultural do francesismo (1983);
  • Teoria e metodologia literárias (1990);
  • Imaginação e pensamentos utópicos no episódio da "Ilha dos Amores" (1988);
  • Maria Alice Nobre Gouveia: 1927-1988 (1991);
  • Camões: labirintos e fascínios (1994);
  • A lira dourada e a tuba canora : novos ensaios camonianos (2008);
  • Jorge de Sena e Camões: trinta anos de amor e melancolia (2009);
  • As humanidades, os estudos culturais, o ensino da literatura e a política da língua portuguesa (2010);
  • Dicionário de Luís de Camões (2011).

Referências

  1. a b «Vítor Aguiar e Silva homenageado em Penalva e Viseu». RTP. 10 de novembro de 2006. Consultado em 28 de maio de 2008. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  2. a b c «Ilustre Penalvense Professor Doutor Vítor Manuel Aguiar e Silva galardoado com prémio "Vida Literária" da Associação Portuguesa de Escritores». Câmara Municipal de Penalva do Castelo. Consultado em 28 de maio de 2008 
  3. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Vitor Manuel de Aguiar e Silva". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de julho de 2020 
  4. Castelo (27 de outubro de 2020). «Vítor Aguiar e Silva, o Prémio Camões que não adota o novo acordo». Observador 


  • v
  • d
  • e

1989: Miguel Torga 1990: João Cabral de Melo Neto 1991: José Craveirinha 1992: Vergílio Ferreira 1993: Rachel de Queiroz 1994: Jorge Amado 1995: José Saramago 1996: Eduardo Lourenço 1997: Pepetela 1998: Antonio Candido 1999: Sophia de Mello Breyner 2000: Autran Dourado 2001: Eugénio de Andrade 2002: Maria Velho da Costa 2003: Rubem Fonseca 2004: Agustina Bessa-Luís 2005: Lygia Fagundes Telles 2006: José Luandino Vieira 2007: António Lobo Antunes 2008: João Ubaldo Ribeiro 2009: Arménio Vieira 2010: Ferreira Gullar 2011: Manuel António Pina 2012: Dalton Trevisan 2013: Mia Couto 2014: Alberto da Costa e Silva 2015: Hélia Correia 2016: Raduan Nassar 2017: Manuel Alegre 2018: Germano Almeida 2019: Chico Buarque 2020: Vítor Manuel de Aguiar e Silva • 2021: Paulina Chiziane 2022: Silviano Santiago 2023: João Barrento

Luís de Camões.
Portais: Literatura/Lusofonia
  • Portal da literatura
  • Portal da educação