Rofecoxib
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Nomes | |||||||||||||||||
Nome IUPAC | 4-(4-metilsulfonilfenil)-3-fenil-5H-furan-2-ona | ||||||||||||||||
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Página de dados suplementares | |||||||||||||||||
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. | ||||||||||||||||
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas | ||||||||||||||||
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM | ||||||||||||||||
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão. Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Rofecoxib é um medicamento anti-inflamatório não-esteróide retirado de circulação em 2004 após comprovada associação com problemas de saúde.
Aprovado nos Estados Unidos pela FDA em maio de 1999,[1][2] o medicamento foi lançado no mesmo ano sob a denominação comercial Vioxx, chegou a ser considerado um dos remédios mais eficazes contra a artrite e pretendia combater a dor sem os efeitos colaterais conhecidos, entre eles as úlceras e os sangramentos gastrointestinais. Em pouco tempo, passou a ser receitado para vários tipos de dor, e entre 1999 e 2004, alcançou 84 milhões de usuários. Em alguns países, inclusive no Brasil, o Vioxx liderou a lista dos anti-inflamatórios mais vendidos. Somente no ano de 2003, as vendas do medicamento somaram o equivalente a 2,5 bilhões de dólares em todo o mundo.[3]
Porém, em 2004, um estudo da fabricante apontou que o consumo diário de 25 miligramas do remédio por dezoito meses consecutivos dobraria os riscos de infartos e derrames[3] e em setembro daquele ano o medicamento foi retirado de mercado.[2] Em 2006, um estudo encomendado pelo órgão de saúde dos Estados Unidos indicou que o medicamento pode ter causado até 140 mil ocorrências de doenças coronárias naquele país desde 1999.[4]
Consequências
[editar | editar código fonte]No dia em que a Merck determinou a retirada de seu medicamento do mercado, as ações do laboratório caíram 27%.[3] Somente em 2007, a Merck pagou 4,85 bilhões de dólares em indenizações relacionadas a 50 mil processos judiciais.[2] Em 2010, foi cobrada em mais 950 milhões de dólares pelas investigações do governo norte-americano.[5]
Referências
- ↑ France Presse (7 de outubro de 2004). «Concorrentes do Vioxx também trazem riscos, alertam estudos». Ciência. Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de abril de 2012
- ↑ a b c Associated Press. «Merck pagará US$ 950 milhões por comercialização de Vioxx». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de abril de 2012
- ↑ a b c Buchalla, Anna Paula (6 de outubro de 2004). «Faz mal ao coração» 1874 ed. Revista Veja. Consultado em 24 de abril de 2012
- ↑ BBC Brasil (2 de junho de 2006). «Analgésico 'aumenta risco de ataque do coração'». Folha de S.Paulo. Consultado em 25 de abril de 2012
- ↑ Reuters (29 de outubro de 2010). «Lucro da Merck cai 89% no 3º tri por encargos e menores vendas». Nova Iorque. Consultado em 24 de abril de 2012
Ligações externas
[editar | editar código fonte]- «National Public Radio 2004 Q&A on the case, following withdrawal announcement» (em inglês)
- «Court TV's full coverage of the Vioxx civil trials» (em inglês)
- «Merck website on Vioxx litigation» (em inglês)
- «FDA Public Health Advisory on Vioxx» (em inglês)
- David Michaels. «Doubt is Their Product» (em inglês) Scientific American, June 2004, p. 96-101
- Jurist. «Much Pain, Much Gain: Skeptical Ruminations on the Vioxx Litigation» (em inglês).
- «The Vioxx Litigation - Part I» (em inglês), Ted Frank, American Enterprise Institute (Dezembro de 2005).
- «The Vioxx Litigation - Part II» (em inglês), Ted Frank, American Enterprise Institute (Dezembro de 2005).
- «briandeer.com - Vioxx: the UK connection» (em inglês)
- «Campaign for compensation for Vioxx victims outside the US» (em inglês)