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Cascini em 2015 | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Raúl Alfredo Cascini | |
Data de nascimento | 7 de abril de 1971 (54 anos) | |
Local de nascimento | Buenos Aires, Argentina | |
Informações profissionais | ||
Posição | meia | |
Clubes de juventude | ||
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Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1990–1993 1993–1995 1995–1996 1996–2000 2000–2001 2001–2002 2002–2005 |
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108 (7) 48 (0) 33 (0) 112 (3) 29 (1) 33 (0) 72 (1) |
Raúl Alfredo Cascini (Buenos Aires, 7 de abril de 1971) é um ex-futebolista argentino que atuava como meia.
Notabilizou-se como quem converteu o pênalti que assegurou o último Mundial Interclubes vencido pelo Boca Juniors e pelo futebol argentino, em 2003, lance que lhe valeu idolatria neste clube.[1]
Carreira
[editar | editar código fonte]Platense, Estudiantes e Independiente
[editar | editar código fonte]Raúl Cascini se profissionalizou no Platense, integrou um período de força do clube marrom, no início da década de 1990; na temporada 1991-92, o Tense foi 6º no Apertura e chegou a vencer sete dos dez primeiros jogos no Clausura, até acreditando em título.[2] Justamente naquele Clausura de 1992, Cascini marcou o gol considerado por ele próprio em 2008 como o mais emocionante da carreira, ao dar no minuto final a vitória no clássico com o Argentinos Juniors.[3][4]
Em 1993, ele terminou contratado pelo Independiente. Pôde em 1994 ser campeão do Clausura e da Supercopa Libertadores, embora como reserva [5] - ora utilizado como alternativa ao volante Hugo Pérez,[6] ora ao ponta Albeiro Usuriaga.[7]
Após passar a temporada 1995-96 no Estudiantes de La Plata,[8] regressou ao Independiente e enfim tornou-se figura destacada no clube; César Luis Menotti chegou a qualifica-lo como melhor volante central da Argentina, gerando percepção de que Cascini só não chegou naquele período à Seleção Argentina em função da preferência flagrante do então treinador Daniel Passarella por jogadores egressos do River Plate.[9]
Cascini, ele próprio apontado como torcedor do River,[10][11] teria sua contratação conversada pelo clube por mais de uma vez enquanto esteve no Independiente;[9] apesar do apreço do treinador riverplatense Ramón Díaz pelo volante,[12] em ambas o time de Avellaneda o declarou intransferível.[9]
Em 2000, ele foi vendido ao Toulouse, mas a falência do clube francês gerou rebaixamento e passe livre a seus jogadores.[12] Nesse momento, Ramón Díaz havia regressado ao River e houve assim uma terceira tentativa de contratação de Cascini,[9] cujo desejo em atuar pelo clube fizera-o até renunciar a uma oferta financeira superior,[12] do Real Betis. Contudo, com nova indefinição, terminou assinando um regresso ao Estudiantes.[8]
Boca Juniors
[editar | editar código fonte]Outro ano mais tarde, foi contratado pelo Boca Juniors, que buscava repor a ausência do recém-transferido ídolo Mauricio Serna.[1][13] Curiosamente, em seu primeiro semestre amargou um vice-campeonato no Apertura precisamente para o Independiente, que voltava a ser campeão argentino pela primeira vez, e ainda a última, desde 1994.[14] Mas, visto como "batalhador com experiência", Cascini sobressaiu-se ao logo "ganhar tudo" no novo clube,[13] especialmente no ano de 2003, em que ele foi especialmente reconhecido no segundo semestre.[15]
Naquele ano de 2003, o Boca obteve uma "tríplice coroa" de 2003, com o título da Libertadores no primeiro semestre sendo acompanhado, no segundo, pelo do Apertura e pelo Mundial Interclubes.[16] Cascini fez o gol que assegurou este último, acomodando a bola à meia altura de uma das traves de Dida na última cobrança da decisão por pênaltis contra o Milan.[1][10]
Em 2004, ele chegou ironicamente a ser um dos jogadores que desperdiçaram sua cobrança em nova final com decisão por pênaltis, no vice-campeonato para o surpreendente Once Caldas na Copa Libertadores da América de 2004.[17] Mesmo assim, permaneceu incólume na idolatria adquirida ao longo de 2003.[1]
Cascini deixou o Boca em 2005, tendo ganho, ainda em 2004, a Copa Sul-Americana daquele ano.[1]
Títulos
[editar | editar código fonte]- Boca Juniors
- Primera Division Argentina: Apertura 2003,
- Taça Libertadores da América: 2003
- Copa Intercontinental: 2003
- Copa Sul-Americana: 2004
Referências
- ↑ a b c d e PERUGINO, Elías (outubro de 2010). Raúl CASCINI. El Gráfico n. 26 - "Especial 100 Ídolos de Boca". Revistas Deportivas S.A., p. 61
- ↑ BRANDÃO, Caio (7 de maio de 2017). «Platense, a equipe que mais escapou de rebaixamentos na Argentina». Futebol Portenho. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ BRANDÃO, Caio (19 de setembro de 2015). «Conheça o "Clásico del Norte", que faz cem anos hoje: Tigre x Platense». Futebol Portenho. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ BRANDÃO, Caio (21 de fevereiro de 2021). «Um clássico volta após 22 anos: Platense x Argentinos Jrs!». Futebol Portenho. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ BRANDÃO, Caio (16 de agosto de 2013). «Elementos em comum entre Boca e Independiente». Futebol Portenho. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ BRANDÃO, Caio (28 de agosto de 2019). «Há 25 anos, o Independiente, sem o maior ídolo, reaprendia a ser campeão». Futebol Portenho. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ BRANDÃO, Caio (9 de novembro de 2019). «Quando o Rei virou Super Rei: os 25 anos da 1ª Supercopa do Independiente». Futebol Portenho. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ a b «Mal Pase: Cascini a River y Betis (2001)». En una Baldosa. 9 de outubro de 2017. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ a b c d SOTTILE, Cholo (14 de novembro de 2019). «Raúl Cascini, sin filtro: el único error de Bianchi en Boca, su pase frustrado a River, las "cosas extrañas" que pasaron con el VAR y su reacción cuando se convirtió en meme». Infobae. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ a b VASCONCELOS, Rodrigo (25 de dezembro de 2013). «Há 10 anos, o Boca ganhava o último título mundial da Argentina». Futebol Portenho. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ DÍAZ, Ramiro (4 de setembro de 2024). «El dirigente de Boca que sería hincha de River y sorprende al fútbol argentino». El Futbolero. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ a b c «Cascini: "Resigné plata por venir a jugar a River"». La Nación. 3 de agosto de 2001. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ a b «Alfredo Raúl Cascini». Historia de Boca. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ BRANDÃO, Caio (1º de dezembro de 2022). «20 anos do último título nacional de um gigante: como o Independiente demoliu o Apertura 2002». Futebol Portenho. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ CASCINI, Raúl (dezembro de 2003). «CONTUNDENTE, INDISCUTIBLE». El Gráfico Especial n. 215, pp. 22-23. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ «¡TRIPLE!». El Gráfico Especial n. 215, pp. 10-11. Dezembro de 2003. Consultado em 29 de abril de 2025
- ↑ BRANDÃO, Caio (17 de junho de 2004). «Dez anos do mais emocionante Boca-River». Futebol Portenho. Consultado em 29 de abril de 2025