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Quinta da Cardiga

Quinta da Cardiga
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A Quinta da Cardiga é uma antiga quinta apalaçada situada na Golegã.[1]

A doação da Quinta da Cardiga à Ordem dos Templários foi efetuada em 1169 por D. Afonso Henriques, para arroteamento e cultivo. Extinta esta Ordem, passou para o domínio da Ordem de Cristo, que aí edificou uma granja de veraneio (c. 1540-1542). O projeto do conjunto da quinta (incluindo o palacete, o celeiro, a capela e o claustro), é atribuído à traça do arquiteto João de Castilho.[2]

A Quinta da Cardiga é hoje uma das mais notáveis propriedades do País.[carece de fontes?]

O conjunto formado pela torre ameada da Quinta da Cardiga e antigas construções que a envolvem, designadamente os claustros, capela e celeiro e pequena colunata por cúpula semiesférica, está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1952.[1]

Tendo pertencido aos frades do Convento de Cristo tem ainda hoje como símbolo da casa a Cruz de Cristo. O conjunto arquitectónico é interessante pela mistura de estilos, a que não falta uma torre e um portal manuelino.

O Castelo da Cardiga, localizado na actual Quinta da Cardiga, foi doado à Ordem dos Templários em 1165 por D. Afonso Henriques. Mais tarde, tornou-se uma quinta, no Concelho da Golegã, com casas de habitação com jardim, horta, capela, cavalariças, cocheiras, casas para criados, albergarias, lagar e outras oficinas e dependências.

A Quinta da Cardiga, juntamente com o castelo de Ozêzere, a torre da Atalaia e o Castelo de Almourol eram postos de vigia da milícia do Templo. Tal importância tinha a Quinta da Cardiga que em 1550, D. João III autorizou o seu irmão a proceder à mudança do percurso do rio Tejo, fazendo-o passar pela Cardiga. Em 1580, Filipe II, vindo das Cortes de Tomar a caminho de Lisboa, descansa na Cardiga.

História recente

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Segundo reza nas Histórias da Família, Nicola Kovacich, natural de Ragusa, chegou a Portugal com treze anos sem saber uma palavra de português. Com o fruto do seu trabalho conseguiu arranjar uma boa casa e tornou-se dono de uma importante fábrica de cordoaria no Barreiro. Emília Firmina, sua filha, casou com José Lamas de quem teve onze filhos.[3]


António Zagallo Gomes Coelho filho de Rosa de Oliveira Zagallo e de António Gomes Coelho, natural de Ovar, morava com seus pais na casa, onde Júlio Dinis, sobrinho deles, veio a escrever As Pupilas do Senhor Reitor. Formou-se em medicina e veio exercer para Vila Nova da Barquinha para um lugar que estava vago. No entanto, após ter herdado juntamente com sua mulher Maria Luiza Covachic Lamas, a Quinta da Cardiga, dedicou-se a geri-la a tempo inteiro.[3]

Entre várias compras que fez, António Zagallo Gomes Coelho, comprou o palacete dos Condes da Atalaia, actualmente Casa do Patriarca, o Casal das Freiras entre a Golegã e a Cardiga, e foi ele quem começou as primeiras construções no Entroncamento, para alugar as casas aos ferroviários. A título de curiosidade, no contrato de arrendamento dava uma bonificação de um mês a quem lhe pagasse a renda atempadamente.[3]

Luís Oliveira Von Sommer,, filho de Henrique barão de Sommer, guarda livros da Carris, que contraiu matrimónio com Adelaide Sofia de Oliveira Falcão adquiriu a Quinta da Cardiga em 5 de Fevereiro de 1898. Após a morte do filho Luís Sommer, a propriedade passa para a posse das filhas: D. Branca, que casaria com o Dr. Ruy d’ Andrade, e D. Fernanda que casaria com D.Jorge de Mello, Conde de Murça. O Palácio é ainda propriedade dos descendestes de Luis de Sommer que o arrendaram em 2024 ao grupo Vila Galé, a Quinta da Cardiga vai agora ser requalificada e transformada em hotel de quatro estrelas, com 116 quartos e equipamentos dedicados ao universo equestre.[4]

Referências

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