Maria dos Anjos de Santa Teresa

Maria dos Anjos de Santa Teresa (Cláudio, Minas Gerais, 8 de agosto de 1917 – Rio de Janeiro, 1º de setembro de 1988) foi uma religiosa escolápia brasileira.^[1][2][3] Ela exerceu o apostolado na classe trabalhadora e nas favelas. É declarada venerável.^[4][5][6]

Nasceu Dinah Amorim em 1917, no interior de Minas Gerais, em uma família profundamente cristã.

Em 1934, tornou-se professora na escola primária do Instituto Claudiense, fundado por seu cunhado.

Em 1938, seguindo o exemplo de suas irmãs mais velhas, entrou na Congregação das Escolas Pias, em Belo Horizonte.

Em 7 de janeiro de 1942 fez a profissão temporária e, logo depois, foi enviada para o Colégio de Santos Dumont, onde lecionou matemática, geografia, português e música. Era responsável pela catequese na paróquia.

Em 1944 foi transferida para Oliveira, onde continuou sua missão na escola e na paróquia.

Em 1 de março de 1945 fez sua profissão perpétua, continuando sua atividade docente, catequese para crianças pobres e apostolado na prisão da cidade.

Em 1965, devido a problemas de saúde por câncer, foi transferida para a comunidade de São José, em Belo Horizonte, onde continuou a exercer o apostolado na periferia norte da cidade que estava sem água, gás, luz, estradas e até mesmo dispositivos médicos e instalações escolares.

Tendo a saúde restaurada, juntamente com outros dois religiosos, decidiu permanecer nessa área, dedicando-se ao apostolado da educação, através de cursos de alfabetização para adultos, escola primária para crianças, trabalho pastoral de evangelização e sacramentos, pastoral de saúde.

Em 1981, foi transferida para o Rio de Janeiro, onde realizou, nas favelas, uma intensa obra de evangelização, promoção cultural, cursos de alfabetização, círculos bíblicos, pastoral sacramental e litúrgica.

Em 1986, foi submetida a uma cirurgia no hospital São Lucas, em Belo Horizonte. Depois de uma convalescença longa e dura, passando por quimioterapia, houve uma ligeira melhora. Retomou o seu trabalho apostólico nas favelas do Rio de Janeiro.

Após uma forte deterioração da saúde, morreu em 1 de setembro de 1988 no Rio de Janeiro, aos 71 anos.

A irmã Maria era uma mulher inteligente, amante da arte e da música. Dedicou-se à educação de moças, de acordo com o carisma da fundadora Santa Paola Montal. Pronta para observar as regras do instituto, mostrou grande capacidade de trabalho, tornando-se um exemplo concreto de dedicação a Deus e ao próximo. Era particularmente compreensiva com os alunos mais necessitados. Ao mesmo tempo, realizou um intenso apostolado na paróquia, dedicando-se à catequese das crianças e à animação das funções litúrgicas. Na comunidade, estava disponível para qualquer sacrifício; humildemente também lidou com as tarefas menos agradáveis às irmãs.

Exerceu o apostolado também na classe trabalhadora e nas favelas. A opção para os pobres era o auge de um caminho constante de radicalismo evangélico. Trabalhava para os pobres, os doentes, os marginalizados, mesmo durante a longa doença que a levou à morte.

O papa Francisco reconheceu suas virtudes heroicas em 2019.^[7][8][9]

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