WikiMini

Manuel Zapata Olivella

Manuel Zapata Olivella
Zapata Olivella na Liga Latino-Americana de Artistas
Nascimento17 de março de 1920 (105 anos)
Santa Cruz de Lorica, Córdoba, Colômbia
Morte19 de novembro de 2004 (84 anos)
Bogotá, Colômbia
Nacionalidadecolombiano
Etniaafro-colombiano
ProgenitoresPai: Antonio María Zapata Vásquez
Alma materUniversidade Nacional da Colômbia
Ocupaçãoantropólogo, escritor, folclorista e médico
Movimento literárioboom latino-americano
Magnum opusChangó (1983)

Manuel Zapata Olivella (Santa Cruz de Lorica, 17 de março de 1920 – Bogotá, 19 de novembro de 2004) foi um antropólogo, escritor e médico colombiano.

Quando criança seu pai, o professor Antonio María Zapata Vásquez, mudou a família para Cartagena de Indias. A irmã mais nova de Zapata, Delia Zapata Olivella, é uma dançarina e folclorista colombiana.[1]

Ele estudou Medicina na Universidade Nacional da Colômbia, em Bogotá. Na Cidade do México, trabalhou no Sanatório Psiquiátrico do Dr. Ramírez e mais tarde no Hospital Ortopédico de Alfonso Ortiz Thrown. Também trabalhou para as revistas Time e Sucesos para Todos. Discutia com seu irmão Virgilio defendendo os Estados Unidos, tendo mudado sua maneira de pensar após viajar a esse país e sofrer discriminação racial.

Durante sua estadia no México, escreveu o romance não publicado Arroz Amargo. Como etnógrafo, publicou vários estudos sobre as culturas dos negros da Colômbia. Lecionou em várias universidades dos Estados Unidos, Canadá, América Central e África. Fundou e dirigiu a revista de literatura Letras Nacionales.

O tema principal da narrativa de Zapata Olivella é a história da cultura dos habitantes do Caribe colombiano, em especial a vivência dos negros e dos indígenas. Sua obra mais importante é o romance Changó, el Gran Putas (1983), uma extensa obra que se propõe como a epopeia da diáspora africana, narrando suas origens na África, as histórias dos quilombolas em Cartagena e da independência do Haiti até chegar a luta contra a segregação nos Estados Unidos. Seu romance En Chimá nace un santo (1964) foi finalista em dois concursos, o Esso de 1963, onde foi derrotado por La mala hora de Gabriel García Márquez e o Prêmio de Romance Curto Seix Barral, cujo primeiro lugar foi para La ciudad y los perros, de Mario Vargas Llosa. Suas obras tratam fundamentalmente da opressão e da violência. Em sua longa trajetória como narrador pode-se distinguir duas tendências, uma de caráter realista e denúncia social e outra de caráter mitológico onde se imprime a visão mágica do negro.

  • 1946 - He visto la noche
  • 1947 - Tierra Mojada
  • 1958 - Los Pasos del Indio
  • 1960 - La calle 10
  • 1963 - Detrás del rostro
  • 1963 - Chambacú, corral de negros, menção no Prêmio Casa de las Américas 1963
  • 1964 - En Chimá nace un santo
  • 1983 - Changó, el gran putas
  • 1983 - Historia de un Joven Negro

Contos curtos

[editar | editar código fonte]
  • 1948 - Pasión vagabunda
  • 1954 - China 6 a.m.
  • 1961 - Cuentos de muerte y libertad
  • 1962 - El cirujano de la selva
  • 1967 - ¿Quién dio el fusil a Oswald?
  • 1990 - Fábulas de Tamalameque
  • 1997 - La rebelión de los genes
  • Afro-Hispanic Review, #20:1 (2001) ISSN 0278-8969
  • Antonio D. Tillis: Manuel Zapata Olivella and the "Darkening" of Latin American Literature. ISBN 0-8262-1578-5
  • Captain-Hidalgo, Yvonne: The Culture of Fiction in the Works of Manuel Zapata Olivella. ISBN 0826208916
  • Zapata Olivella, Manuel y Alonso Jiménez, El extraño espejo de la soledad, Bogotá, Colombia. Liga Latinoamericana de Artistas, serie Ex libris.
  • www.manuelzapataolivella.org
  • http://mzo.library.vanderbilt.edu/

Referências

  1. Appiah, Kwame Anthony (2005). Africana: The Encyclopedia of the African and African American Experience (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. p. 605. ISBN 9780195170559. Consultado em 25 de maio de 2016