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Gérard Castello-Lopes

Gérard Castello-Lopes
Nome completoGérard Maria José Lévêque de Castelo Lopes
Nascimento6 de agosto de 1925
Vichy, França
Morte12 de fevereiro de 2011 (85 anos)
Paris, França
OcupaçãoFotógrafo, crítico, distribuidor de cinema

Gérard Maria José Lévêque de Castelo Lopes (Vichy, 6 de agosto de 1925Paris, 12 de fevereiro de 2011) foi um fotógrafo, crítico e distribuidor de cinema português.

Nasceu em Vichy, filho do magnata português José Martins Castello Lopes, fundador da Castello Lopes Cinemas, natural de Torres Novas (freguesia de Riachos), e de Marie Antoinette Lévêque, uma senhora francesa da alta sociedade, natural de Mamers. Frequentou o Colégio Militar, em Lisboa.[1]

Viveu ao longo da sua vida, em Lisboa, Cascais e Estrasburgo, onde integrou o Corpo Diplomático da Missão Permanente de Portugal junto do Conselho da Europa. Mais tarde fixaria residência em Paris. Licenciado em Economia, pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, dedicou a sua vida ao cinema e à fotografia.

A 6 de julho de 1949, casou civilmente em Lisboa com Maria Rita Carvalho de Beires Vale (São Sebastião da Pedreira, Lisboa, c. 1926), doméstica, filha do empregado de escritório Fernando de Beires Vale, natural do Porto (freguesia de Santo Ildefonso), e da proprietária Hilda dos Santos Fernandes de Carvalho de Beires Vale, natural de Lisboa (freguesia da Lapa). Por sentença transitada em julgado a 28 de julho de 1967, os dois divorciaram-se litigiosamente.[1]

Herdeiro e gerente da distribuidora Castello Lopes Cinemas, fundada pelo seu pai, foi também assistente de realização de Artur Ramos e de Fernando Lopes no filme "Os Pássaros de Asas Cortadas" (1962), co-autor e assistente de produção e realização da curta-metragem de 1970, "Nacionalidade: Português", e foi um dos fundadores do Centro Português de Cinema.[2] Entre 1991 e 1993, foi presidente do júri do Instituto Português de Cinema, e integrou o conselho consultivo da Culturgest.[3] Foi crítico de cinema, de 1964 a 1966, na revista O Tempo e o Modo, e escreveu para os jornais A Tarde e o Semanário, entre 1982 e 1984.[3] Também foi assistente de encenação de duas óperas, subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, e produzidas pelo Grupo Experimental de Ópera de Câmara.[3] [4][5][6][7]

Fotógrafo a partir de 1956, desenvolveu a sua criação de forma autodidacta, seguindo os ensinamentos de Henri Cartier-Bresson, e bebendo a influência da pintura, da escultura, do cinema e da própria fotografia. Os fundamentos técnicos da fotografia, apreendeu-os através de revistas e livros estrangeiros da especialidade.[8]

Realizou dezenas de exposições individuais, antes e depois do 25 de Abril de 1974, e participou em diversas exposições colectivas, tanto em Portugal como no estrangeiro, mas foi apenas em 1982 que se relançou como fotógrafo, através de uma mostra retrospectiva.[3]

O filho é o jornalista e humorista David Castello-Lopes[9].

Referências

  1. a b «Livro de registo de casamentos da 3.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (1949-05-21 - 1949-07-11)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. fls. 776 e 776v, assento 773 
  2. Lusa (12 de fevereiro de 2011). «Morreu Gérard Castello-Lopes, fotógrafo e distribuidor de cinema». Publico. Consultado em 12 de fevereiro de 2011 
  3. a b c d Lusa (12 de fevereiro de 2011). «Morreu Gérard Castello-Lopes, fotógrafo e distribuidor de cinema». Expresso. Consultado em 12 de fevereiro de 2011 
  4. Apparitions, photography by Gérard Castello-Lopes – Artigo de Gonzalo Bénard em Camera Obscura, 8 julho 2012
  5. Apparitions by Gérard Castello-Lopes in Paris – Notícia da Fundação Calouste Gulbenkian, 30 de abril.2012
  6. Artigo de Sérgio C. Andrade e Sérgio B. Gomes, jornal Público, 13 de fevereiro 2011
  7. Notícia da agência LUSA, 24 de abril 2012
  8. «GÉRARD CASTELLO-LOPES - "Homenagem a Henri Cartier-Bresson"». Galeria Fernando dos Santos. Consultado em 12 de fevereiro de 2011  (Ver: Artistas - Gérard Castello-Lopes)
  9. Branco, Carina (10 de julho de 2023). «Humor franco-português de David Castello-Lopes em Avignon». Radio France International 

ANEXO

Ligações externas

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