Coisas Nossas
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Anúncio do filme em uma página do jornal Cinearte. | |
![]() 1931 • p&b • | |
Gênero | comédia musical |
Direção | Wallace Downey |
Produção | Alberto Byington Jr. |
Música | Joubert de Carvalho Noel Rosa Marcelo Tupinambá |
Cinematografia | Adalberto Kemeny Rudolf Rex Lustig |
Companhia(s) produtora(s) | Byington e Cia. |
Lançamento | 23 de novembro de 1931 (bra) |
Idioma | português |
Coisas Nossas é um filme brasileiro do gênero comédia musical de 1931, dirigido pelo estadunidense Wallace Downey e produzido pela Byington e Cia. O filme apresentava aspectos do Brasil dos anos 20 e início dos anos 30, contando com vários atores e cantores famosos da época, destacavam-se neles Stefana Macedo, Paraguassu e Zezé Lara.[1] A gravação foi feita com a aparelhagem da Columbia, empresa editora e distribuidora de discos comerciais. O escritor Guilherme de Almeida gravou algumas palavras para a apresentação de uma sucessão de números musicais.[2]
Lançado em 23 de novembro de 1931 no Cine Rosário, em São Paulo, é considerado o primeiro longa-metragem brasileiro inteiramente sincronizado com o uso do sistema Vitaphone a conter música e ruídos, além de ser o primeiro comercialmente bem sucedido. O sucesso absurdo do filme abriu caminho para outras produções que tratavam de samba e carnaval, sendo uma delas o filme "A Voz do Carnaval" de Adhemar Gonzaga, produzido pela Cinédia.[3]
O longa inspirou o cantor e compositor Noel Rosa a compor o samba São Coisas Nossas.[4]
Enredo
[editar | editar código fonte]No filme, uma série de acontecimentos cômicos são intercalados por números musicais: Dois amigos decidem realizar uma serenata para a mulher que amam. Durante os preparativos para a cerimônia, porém, um tenta trapacear contra o outro. Ao descobrir isso, uma briga estoura entre os dois e atrapalha os planos de ambos.
Enquanto isso, um homem alcoolizado deve cortar o cabelo de um jovem em sua barbearia, enquanto ele e o pai do menino conversam sobre a vida; eventualmente o barbeiro acaba realizando um péssimo trabalho no corte de cabelo do menino, o que causa uma confusão na barbearia.
Depois disso, dois amigos se encontram e dividem histórias sobre a vida e trabalho de ambos, como quando um revela ter sido impedido de realizar um número musical no hotel em que se hospedava. Também é tratada a condição do negro escravo.
Elenco
[editar | editar código fonte]- Alvarenga
- Francisco Alves
- Sebastião Arruda
- Nenê Biolo
- Alzirinha Camargo
- Corita Cunha
- Guilherme de Almeida
- Helena Pinto de Carvalho
- Stefania Macedo
- Procópio Ferreira
- Gaó Gurgel
- Jararaca e Ratinho
- Batista Júnior
- Zezé Lara
- Paraguassu
- José Oliveira
- Arnaldo Pascuma
- Napoleão Tavares
Lançamento
[editar | editar código fonte]O filme foi lançado a 30 de novembro de 1931, no Cine Eldorado, no Rio de Janeiro, onde permaneceu por duas semanas em cartaz.[5] Sua estreia oficial foi no Cine Rosário em São Paulo, uma semana antes, no dia 23 de novembro.[6]
Preservação
[editar | editar código fonte]Coisas Nossas é considerado um filme perdido, pois nenhuma cópia do filme sobreviveu ao tempo. Apesar disso, um trailer promocional do longa onda mostra os bastidores do processo de gravação e sincronização dos discos com a película foi preservado na Cinemateca Brasileira. Fotografias e a trilha sonora também foram preservados.
Referências
- ↑ «COISAS NOSSAS». Cinemateca Brasileira
- ↑ NORONHA, Jurandyr Dicionário Jurandyr Noronha de Cinema Brasileiro EMC Edições, 2008
- ↑ "Projetando um Brasil Moderno. Cultura e Cinema na Década de 1930."
- ↑ Almanaque do samba: A história do samba, o que ouvir, o que ler, onde curtir
- ↑ Este mundo é um pandeiro: a chanchada de Getúlio a JK; página 87.
- ↑ https://www.socine.org/wp-content/uploads/2015/11/VII_Estudos_Cinema_Socine.pdf#page=51